QUARENTÃO
- RafaelCiampi
- 25 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Romper a barreira dos 40 anos é totalmente diferente das anteriores. O corpo sabe que estamos velhos. Desde o ano-novo, que no meu caso vem junto com a idade nova, comecei a perceber que já não tenho a mesma disposição.
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Romper a barreira dos 40 anos é totalmente diferente das anteriores. O corpo sabe que estamos velhos. Desde o ano-novo, que no meu caso vem junto com a idade nova, comecei a perceber que já não tenho a mesma disposição. As juntas, articulações e tendões não mudaram e algumas delas começaram a doer, pelo desgaste e falta de trocas.
Rompi, parcialmente, os ligamentos do joelho direito há uma semana. Estava no Karate e o joelho deu dois estalos bem altos, doeu um pouco, mas consegui ficar numa boa. Como eu estava puxando o treino, não treinei, fiquei só orientando, para não forçar. À noite, depois que já estava dormindo, começou a doer muito, não consegui dormir mais. Faltei ao trabalho, pois quando eu levantava doía muito até conseguir esticar a perna. Quando estava esticada, parecia sem força, só depois de apoiá-la, durante uns instantes, que eu conseguia andar. Aí, era tranquilo, até precisar dobrar a perna de novo, quando o sofrimento era o mesmo, no sentido inverso.
Fiquei de molho a manhã toda. Como só doía quando mexia, fiquei deitado até o almoço, quando a minha esposa veio-me levar ao hospital. Cheguei por volta das 14h, saí às 17h, sabendo que o estrago era feio, mas o médico precisava do resultado da ressonância magnética que só sairia em 03 dias úteis.
Anteontem, fui buscar o resultado e voltei do hospital com uma faixa, da base da canela até no alto da coxa e um atestado de 15 dias. Com isso, comecei a pensar em cuidar melhor das juntas, em natação, hidroginástica, etc. Que fortalecem músculos e ligamentos, sem impactos.
Sempre achei que hidroginástica era coisa de velho. Agora, com os ligamentos estragados e sabendo que a minha atividade preferida, força, e muito, a velha dobradiça, vejo-me tendo que analisar a possibilidade de fazer “hidro” para fortalecer o joelho e evitar que eu tenha que me aposentar precocemente do Karate. Daí, peguei-me com mais um daqueles pensamentos que povoam essa mente poluída por excesso de televisão e rock ‘n’ roll:
“Já que, atualmente, a hidroginástica me parece uma opção viável, estou velho, ou analisei bem essa atividade física e constatei que dizer que ‘hidroginástica é coisa de velho’, não passa de preconceito decorrente de assunto mal analisado (que, no fim das contas, é a raiz de todos os preconceitos), ou de implicância adolescente? ” Tenho propensão enorme em acreditar na segunda opção.
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