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LIÇÕES DO VÍRUS

  • RafaelCiampi
  • 8 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Depois que pudermos retornar às atividades normais, quais serão as lições que teremos aprendido, nessa que é, pelo que posso pensar agora, a pior crise (junta tudo: econômica, política, social) que já enfrentamos?


 

Depois que pudermos retornar às atividades normais, quais serão as lições que teremos aprendido, nessa que é, pelo que posso pensar agora, a pior crise (junta tudo: econômica, política, social) que já enfrentamos? Algumas ideias posso pensar de pronto:

- O convívio familiar: que é o maior bem que temos. Não vale a pena sacrificá-lo em prol dos compromissos profissionais. Seja por questões de evolução financeira, seja pelo desenvolvimento da carreira. Esforço, sim. Sacrifício? Acho que vale análise mais profunda.

- A preocupação dos nossos representantes com os interesses públicos – os nossos interesses – é sempre menor do que a nossa preocupação ao escolhê-los. Selecioná-los com extremo zelo, cuidado nunca feito, pode trazer enormes benefícios no futuro. Se não evitar uma crise desse tipo, com certeza minimizará os problemas advindos.

- Lutar por diminuição de aglomerações. Exigindo, muito mais seriamente, mais ônibus, mais metrô (trens e linhas), para que não tenhamos que viver apinhados por várias horas, em condições precárias e sem segurança, em ônibus lotados, em favor da potencialização dos lucros dos donos das empresas de ônibus. Turnos profissionais flexíveis, para diminuir o tumulto dentro e fora dos ônibus, reduzindo, ou acabando com o “horário de pico”. Melhorando a mobilidade urbana e trazendo mais conforto e rapidez para os deslocamentos.

- Tele trabalho e tele estudo. Transformar as atividades que podem ter suas tarefas realizadas à distância. Muitas funções são estritamente presenciais, mas muita coisa pode ser feita de casa, alguns cargos podem ter horários para tarefas à distância, outros podem ficar um ou mais dias em casa. Outros podem comparecer apenas em reuniões de planejamento e prestação de contas. O mesmo vale para os estudos. Mesmo na modalidade presencial, exigir a presença em menos dias, ou horas, mais ou menos como na vida profissional, já citada. Os alunos das escolas presenciais foram os primeiros a serem tirados das ruas. Só isso, já tinha redefinido o cenário do trânsito urbano, no início da crise. Isso pode gerar um desdobramento interessante, quando o parlamento flexibilizar a presença de deputados e senadores, com as ferramentas usadas no confinamento. O que pode diminuir os custos do parlamentar que precisará se deslocar menos e com o aumento da produtividade, diminuindo os motivos para não se votar alguma coisa.

- Plano de emergência: a partir do momento que se apresenta uma grave situação, como agir? O que acontece ao apertar o botão de pânico? Como ir reduzindo o ritmo para a população não ser pega de surpresa? Todos sabendo que a cada novo passo existem medidas a serem tomadas e já podendo prevenir-se a tempo. Pode-se avisar com a antecedência necessária, quem fecha, quem reduz, quem alterna, quem fica de plantão, quem vai para o front.

- Exigir do atual, e futuros governos, planos de Estado, perenes, não em a cada 4 anos indo para outra direção. Precisamos de planos consistentes que se concluam e que resistam ao desafio do tempo. Rede sanitária, água encanada para todos. Todos, hoje, vivem o receio da contaminação generalizada, ao ver a infecção atingido as camadas da população que são menos, ou nada, assistidas. Se essa preocupação não se tornar um sentimento perene, com uma luta de longo prazo – se os políticos não fazem obras escondidas, porque não dá voto, votemos em quem faz as obras escondidas, com resultados que se desdobram em benefícios à toda a população em longo prazo. Imagine a preocupação das pessoas se, ao ver os estados do sudeste afogados nas falhas das redes pluviais, vivêssemos o medo da contaminação dessa epidemia, pela maré de esgoto. Ia ter gente preferindo a temida leptospirose ao vírus atual.

Se não aprendermos nada, não evoluiremos e com o aumento da população, que também deveria ser uma preocupação, uma próxima pandemia – que virá e será mais forte por ter muito mais gente nas ruas – poderá levar ainda mais pessoas queridas a pegar carona com o indesejável barqueiro. Ou evoluímos, ou separamos as moedinhas.


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