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EU ACHO

  • RafaelCiampi
  • 16 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

O mais curioso é que o “eu acho”, no mundo onde todos têm opinião formada sobre tudo e estão dispostos a declará-la no primeiro ímpeto, sobre todos os assuntos e aspectos da vida cotidiana, está sumido. Ninguém mais quer deixar esse tom de dúvida, num mundo de tantas certezas, pessoas felizes e realizadas.


 

Estou, aqui, esperando que 2019 se desfaça nas brumas do Solar – ver foto da entrada do São Bartolomeu em 31/12/17, no facebook – e lendo, como sempre, a edição do jornal do dia. Comecei a pensar na minha opinião acerca de uma coluna de opinião (né?) e comecei a pensar na expressão “eu acho”.

Tida, antigamente, como o início de uma frase com a opinião de uma pessoa, acabou se tornando uma espécie de advérbio de dúvida – já rasgaram a constituição, por que não a gramática? – O mais curioso é que o “eu acho”, no mundo onde todos têm opinião formada sobre tudo e estão dispostos a declará-la no primeiro ímpeto, sobre todos os assuntos e aspectos da vida cotidiana, está sumido. Ninguém mais quer deixar esse tom de dúvida, num mundo de tantas certezas, pessoas felizes e realizadas. Mais curioso ainda é que, segundo as mídias sociais todos estão, como citei, felizes, plenamente realizados, profissional e pessoalmente, mas, apesar disso, é o momento em que mais existem gurus para apoiar e oferecer todo o tipo de ajuda, de qualquer atividade humana. Se você está tão realizado, por que se consultas com um conselheiro? É porque você não está tão bem assim, ou porque só chegou lá com a ajuda dele???

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