Da arca do velho #1

Começo a digitar alguns dos textos que escrevi, ainda em papel, lá pelos anos 90, início dos 2000. Esses entrarão na seção “Da arca do velho” por ainda serem pertinentes. Não por eu ter tido alguma sensibilidade profética, mas porque caminhamos em círculos. Ou pior, não saímos do lugar.

#instamood #diversão #ociosdooficio #daarcadovelho

(Eu fazia tanta questão de deixar clara a contextualização temporal, que era comum indicar inclusive o horário em que estava escrevendo, para que, num futuro – ou seja, agora – eu achasse alguma explicação, que eu não sei qual é. Pelo menos por enquanto.

O texto abaixo, segue conforme escrito, não fiz alterações, no máximo correções de digitação. Não há como entender tudo o que eu estava querendo dizer, portanto, achei uma pena, por questões estéticas, ou mesmo técnicas, mudar ou cortar alguma coisa. Curioso que o circunflexo indicando plural e o “trema” ainda persistiam em algumas palavras. Vai, inclusive, entre aspas.

A foto que ilustra esta postagem é do arquivo original, de seus irmãozinhos e dos invólucros que os preservaram.)

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“18.04.95 (18:30). Pensando em coisas tão diferentes, sem compromisso, recorto e colo papéis, começo a pensar: por que uns têm tanto e outros tão pouco? Justamente os que dizem que vão te alimentar são os que tiram comida da sua boca. Não adianta querer discutir comigo, eu não sou a causa do problema e muito menos a solução.

Na sociedade, um sempre vai estar mais acima, acumulando riquezas em quantidades desnecessárias, capazes de sustentar até a sua próxima geração, enquanto outros não terão oportunidade de ganhar o pão de todo dia, desempregado e sem ter onde morar, por causa da exploração de uns poucos.

______________ “ ____________________

Nunca existe polícia quando você precisa dela e quando ela aparece desconfia de você! Vítima inocente de alguém que já sumiu na escuridão da noite e que leva com ele um pedacinho de sua vida.

Despreparo e falta de equipamentos mantém a polícia sempre atrás do criminoso, sem nunca alcança-lo.

Poder e dinheiro mantém os verdadeiros criminosos fora das grades e das páginas dos jornais.

Enquanto houver dinheiro comandando as ações dos líderes políticos, nunca poderemos viver tranquilos.”